Nos últimos anos, a palavra inovação se tornou presença constante nas conversas sobre educação. Mas será que todos entendem o mesmo quando falamos sobre ela? No encontro com educadores do Sesc Sergipe, reforçamos uma certeza: inovar não é apenas adotar a tecnologia mais recente, mas é, acima de tudo, dar sentido e potência ao processo educativo.
A tecnologia como parceira, não protagonista
Estamos rodeados por ferramentas digitais: inteligência artificial, realidade aumentada, plataformas adaptativas… todas com potencial incrível. Mas a história mostra que cada salto tecnológico desperta dúvidas, como quando as calculadoras eletrônicas chegaram às salas de aula e muitos temeram a perda do cálculo mental.
O que separa o uso produtivo da tecnologia de um modismo é a intencionalidade pedagógica. A BNCC define este conceito como a clareza de propósito em cada decisão, garantindo que os recursos estejam a serviço da aprendizagem.
Inovação como processo
Inovar não é um evento pontual, e sim um processo contínuo de repensar práticas e criar experiências significativas. Isso inclui:
- Estudante no centro do planejamento.
- Integração de saberes de forma interdisciplinar.
- Tecnologia como meio para alcançar objetivos claros.
- Avaliação do impacto considerando toda a jornada de aprendizagem.
- Formação contínua dos educadores para acompanhar as mudanças.
- Iteração constante das práticas pedagógicas com base em feedback e resultados.
Inteligência Artificial: potencial e consciência
A IA ainda causa fascínio e receio. Alan Turing, em 1950, já perguntava: “Máquinas podem pensar?”. Hoje, sabemos que a IA pode personalizar a aprendizagem, automatizar tarefas, gerar conteúdo e ampliar possibilidades. Mas ela exige uso crítico e equilíbrio com o olhar humano.
Princípios para uma inovação intencional
- Propósito claro – saber o porquê de cada escolha.
- Foco no processo – valorizar a jornada do estudante.
- Inclusão e acessibilidade – inovação para todos.
- Reflexão contínua – ajustar práticas com base em evidências.
- Equilíbrio humano-tecnológico – parceria, não protagonismo.
Conclusão
A verdadeira inovação educacional une criatividade, evidência pedagógica e propósito. Ferramentas, por mais avançadas, precisam servir a uma visão clara de aprendizagem.
Antes de pensar “o que usar?”, pergunte-se “por que usar?”. É assim que a tecnologia deixa de ser tendência passageira e se transforma em agente real de mudança.
Nota: Este conteúdo foi cocriado com Inteligência Artificial Generativa a partir de aulas, palestras e pesquisas do professor Isaac D’Césares.1
Footnotes
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Isaac D’Césares é professor e pesquisador em Tecnologias Educacionais. A colaboração com IA generativa envolveu revisão e curadoria humana para garantir precisão e relevância. ↩